BIO
MONTE LUNAI
Os Monte Lunai têm percorrido o país e participado em variados eventos, e a resposta tem sido muitíssimo positiva. Trata-se de um projecto muito interessante e original, que assenta na música tradicional europeia (world music), cujo objectivo é também fazer com que o público participe nas danças que vão sendo demonstradas ao longo do espectáculo. O resultado é invariavelmente o mesmo e resulta na participação massiva dos espectadores, desde os mais júniores ao mais séniores.
NINGUÉM VAI FICAR PARADO
Podem não ter metralhadoras nem bombas, mas têm algo talvez mais temível ainda: o poder irresistível de fazer dançar. Nunca substimem o poder.
MÚSICA PARA TODOS
A reinvenção tem que ser feita, contudo, dentro dos limites da estrutura da dança intrínseca a cada canção. Existe por isso nos Monte Lunai uma tensão permanente entre a predisposição para a experimentação e a sua orientação para o baile: demasiada experimentação confundiria os passos de dança, ao mesmo tempo que uma centração excessiva no baile seria um entrave à inovação criativa. É neste equilíbrio permanente entre polos opostos que a banda lisboeta tece o seu som.
Os sinais dessa reinvenção são vários e começam logo pelos instrumentos: o contrabaixo, a bateria, o didgeridoo australiano não são definitivamente os instrumentos típicos destas danças. Mas a renovação principal não reside aí mas sim na harmonização: se as melodias originais são genericamente aceites, são construídas por vezes harmonias radicalmente novas que lhes dão um colorido bem diferente, veja-se o caso dos acordes complexos e pouco habituais da portuguesa “Passo Dobrado”.
Por fim, há pequenos apontamentos de fusão com outros géneros, que denunciam a formação artística ecléctica dos seus músicos: em “Zurca” existe um momento em que o contrabaixo de Pedro Teixeira e a bateria de Tiago Oliveira começam a “swingar” à jazz e no Hassapiko Nostáligico (uma dança tradicional grega).
PÁRE, OUÇA E DANCE
Contando com a ajuda preciosa de uma professora de dança
qualificada que faz a orientação das danças, o público é incentivado
a participar no espetáculo, tornando-se parte integrante do mesmo.
PARA VER E DANÇAR!
São danças antigas (algumas com centenas de anos), danças sociais em que toda a comunidade entra na roda. A monitora e bailarina Patrícia Vieira (membro permanente dos Monte Lunai) é responsável por ensinar os passos destas danças colectivas nos bailes que por aí se fazem.
TRADICIONALMENTE MODERNO
As danças reflectem sempre os ares do tempo em que foram concebidas pelo que o individualismo e sensualidade das danças modernas não podiam existir nos ambientes comunitários e recatados de outrora.